terça-feira, 22 de março de 2011

Liga portuguesa contra o cancro

“Apetece acreditar, ter esperança,confiar, amar a tudo e a todos”
António Gedeão

Nós, a turma de Biologia da professora Hortense Carreiro, realizámos uma visita à Oncologia e Unidade de Radioterapia do Hospital de Évora. Nesta visita, travámos conhecimento com algo que possivelmente era desconhecido para muitos de nós. O cancro é um assunto em voga, uma realidade das sociedades actuais, mas nada nos impede de pensar que o pior está sempre reservado aos outros. Talvez isso aconteça porque nunca antes tenha sido possível conhecer o dia-a-dia de um doente neoplásico, pois esta realidade está, muitas das vezes, reservada ao próprio doente e familiares próximos que vivem os tratamentos e a gravidade da doença em primeira mão.
Temos a agradecer a paciência às técnicas da Unidade de Radioterapia e da Física que partilharam um pouco dos seus conhecimentos, talvez na esperança de nos aliciar para o nosso futuro; àÀ enfermeiras da Oncologia que nos deram a conhecer os recantos reservados só àqueles que partilham as suas vivências nos corredores de um hospital; às voluntárias da liga, que pela comemoração do seu 70º aniversário nos proporcionaram um “abrir de olhos”; à existência do próprio Hospital e à Unidade de Radioterapia que, apesar de sub-lotada, torna mais fácil acreditar na possibilidade de sobrevivência.
Aquilo que nos foi mostrado: o corropio de técnicas extremosas, de médicos atarefados, de exames complexos, de tecnologias de ponta… Tudo isso contribuiu para que nós, alunos de 12º ano, que na sua “inocência” se mantinham à margem, nos apercebêssemos o que realmente é o cancro.
A visão de algo tão grave ali tão perto e da boa disposição de quem partilha o seu dia com algo tão sério, marcou-nos. Deixámos o hospital talvez com uma nova ideia de futuro, e certamente com uma perspectiva bastante mais positiva da nossa própria realidade.
E com tudo isso podemos concluir que sim, a ciência é necessária e sem ela não seria possível diagnosticar e tratar estes doentes. Mas além do tratamento físico é necessário tratar o espírito. E são as voluntárias da Liga que alimentam a esperança e a capacidade de recorrer à ciência a cada novo dia, para que os objectivos sejam atingidos.



12º - turma de Biologia

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