domingo, 20 de março de 2011

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“Então eu pensei... N’A Mente.”

Um campo de flores de papel escrevinhadas,
Por debaixo de nuvens doces que assobiam,
Que mancham os meus libidinosos céus roxos.

Fujo do mundo e acredito em mim,
É para aqui que fujo e me escondo,
Aqui onde posso dormir e sonhar.

Há uma cruz enorme num monte.
Os anjos descem dos céus ao longe.

Um fio dourado é o fluir do rio das ideias,
Palavras, sentenças e parágrafos lá nadam.
O fundo é azul marinho, desprovido de pressas.

As minhas emoções são puras simplicidades...
De um lado pretas, do outro brancas, sem meios.
Nunca aprendi a Amar. Nunca aprendi a odiar.

O ambiente é, na verdade, pesado.
É o meu Paraíso e o meu Paraíso é violento.

São gritos engolidos pelo sofrimento!
O incessante medo das noites mortíferas,
Oh, como eu espero pelo onírico profundo!

Amor e Arte, Evolução e Cultura.
Quero a minha Nova Religião,
A Mente.

“Eu acredito no Bem Maior.
Eu quero uma Vida Melhor.”

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