sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Perfeição

A propósito do testemunho de João Simas sobre a sua leitura da obra de Homero Odisseia, ocorreu-me o conto A Perfeição, de Eça de Queirós, pelo qual sempre tive um enorme fascínio e que revisito amiúde.


JENNY refere:
Ao escrever: “ Mais ou menos todos os livros contêm, medida, a fusão de qualquer repetição”, Mallarmé sublinha um fenómeno que, longe de ser uma particularidade curiosa do livro, um efeito de eco, uma interferência sem consequências, define a própria condição de legibilidade literária. Fora da intertextualidade, a obra literária seria muito simplesmente incompreensível, tal como a palavra duma língua ainda desconhecida.
É, então, o texto do grande Homero, qual palimpsesto, que emerge no conto de Eça, A Perfeição. Diz Charles Péguy: «Não há nada tão puro como Homero…Ele é o maior. É o mais antigo. É o patrono. É o pai. É o mestre de tudo.».
Coloca-se a questão de como teve Eça de Queirós acesso ao texto. Ora, na realidade, apesar de ter escrito todo o conto A Perfeição com base no Canto V da Odisseia, Eça conheceu a obra de Homero pela tradução do grande mestre do parnasianismo francês Leconte de Lisle, que em 1868 publica a Odisseia.
Ulisses, herói mítico grego, por outros também celebrado, por exemplo, Camões, no Canto II d’ Os Lusíadas, aludindo explicitamente, ao texto homérico: «Que se o facundo Ulisses escapou/ De ser na Ogígia Ilha eterno escravo», ou, no Canto III da mesma obra, recuperando o mito de que o herói teria aportado no rio Tejo e aí fundado uma cidade com o seu nome: Olisipo, ou seja Lisboa: «E tu, nobre Lisboa, que no mundo/ Facilmente das outras és princesa, / Que edificada foste do facundo/ Por cujo engano foi Dardânia acesa», mito este que a segunda estrofe do poema «Ulisses» da obra pessoana A Mensagem é reavivado, em intertexto com o anteriormente citado, sendo o deíctico referente ao lendário Ulisses: «Este, que aqui aportou, / Foi por não ser existindo. / Sem existir nos bastou. / Por não ter vindo foi vindo/ E nos criou.» irá dar mote ao conto de Eça.
No conto A Perfeição, Ulisses é-nos desde logo apresentado através de um superlativo: «o mais subtil dos homens», que o instauraria numa posição de supremacia, não fosse porém a atitude passiva, a figura da melancolia que o mesmo patenteia:
«Sentado numa rocha, na ilha de Ogígia (…) numa escura e pesada tristeza…». A «paz e beleza imortal» condicionam o herói que «amargamente gemia». Na verdade, circunscrito num espaço que não lhe permite o regresso, Ulisses lamenta também, no primeiro capítulo, a anulação das características de herói que lhe eram próprias: «(…) E ao herói, que recebera dos reis da Grécia as armas de Aquiles, cabia por destino amargo engordar na ociosidade de uma ilha mais lânguida que uma cesta de rosas…».
Irá ser a ordem de Zeus (segundo capítulo) transmitida por Mercúrio que permitirá a Ulisses ser novamente dotado do seu poder de agir, perdendo o carácter de semi-deus inactivo e readquirindo o estatuto de herói humano.
Nos capítulos terceiro e quarto, Ulisses irá agir sobre a ilha, transformando-a, já que dela extrai matéria para a sua jangada. Por outro lado, agirá também sobre Calipso através dos diálogos, menosprezando-a e apresentando-lhe um ideal de vida a que ela e a sua ilha são totalmente alheios. À degradação, sucederá a euforia, a excitação, que tanto serão sentidas pelo herói, como despoletadas pelo mesmo, na deusa, nas ninfas, na natureza.
Este texto afirma-se pelo questionar da validade do próprio estatuto da perfeição, valorizando-se a humanidade, aquilo que é susceptível de falhar, a mortalidade, através de um discurso erótico assumida e intencionalmente irónico, que define Eça. Assim se justifica a última frase do texto, em guisa de conclusão: «(…) partiu para os trabalhos, para as tormentas, para as misérias – para a delícia das coisas imperfeitas!»
O conto A Perfeição remete-nos para a apologia do imperfeito, do que seduz pelas suas arestas a limar, qual diamante em bruto, por lapidar. No fundo, é o universo dos homens, imperfeito, que é sobrevalorizado, a lembrar o «Cântico de Humanidade», de Miguel Torga:
«Hinos aos deuses, não./Os homens é que merecem /Que se lhes cante a virtude./Bichos que lavram no chão,/Actuam como parecem,/Sem um disfarce que os mude./ Apenas se os deuses querem/Ser homens, nós os cantemos./E à soga do mesmo carro,/Com os aguilhões que nos ferem,/Nós também lhes demonstremos/Que são mortais e de barro.
Com um referente cujo pendor fantástico assume grande pertinência, centrado num exercício de reescrita, a partir da obra de Homero, o conto de Eça vai mais além que o hipertexto, auto-revelando-se e oferecendo ao leitor inúmeras possibilidades de fruição daquilo a que Ernesto Guerra da Cal designa por «mórbida volúpia dos sentidos».
A ficção, o pormenor, o fetiche, a ambivalência entre a vida e a morte, a ordem e o caos são tópicos que ajudam a tecer o discurso erótico consolidado através de um estilo emblemático, a que não é alheio o culto pela beleza formal, procurada através do contraste, da metáfora, da comparação, da repetição, da utilização de substantivos helénicos, da escolha cuidada e, frequentemente, inusitada, do adjectivo, do advérbio, ou do verbo, entre outros.
A sedução constante para a «perfeição» ou para a «delícia das coisas imperfeitas», dicotomia sempre presente, alicia-nos, através de uma sensibilidade sensorial, obsessiva, próxima da «neurose sexual» (?) como pretendia João Gaspar Simões.
Rendidos, é tempo de êxtase…


Ana Paula Ferrão

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Odisseia











A
Odisseia



Comecei a ler a Odisseia, através de uma espécie de banda desenhada, andava ainda eu na escola primária.
Encantavam-me aquelas histórias do “astuto” Ulisses que conseguiu acabar com a guerra de Tróia, com a artimanha de um cavalo que parecia a imagem de um Deus e que levou a que os troianos o levassem para dentro da cidade, fizessem uma festa e dessem a oportunidade de Ulisses e os seus companheiros entrarem no terreno do inimigo, quando este estava meio adormecido depois da festa.
Ou aquela cena do gigante Polifemo, com as suas gigantes ovelhas, e um só horrível olho na testa, e que comia a carne dos homens na sua gruta, mas que Ulisses também conseguiu vencer.
Ou aquela bonita e terrível feiticeira, Circe, que transformava os homens em lobos, leões e porcos mas que se encantou por um homem real que de vez em quando falava com os deuses e não se esquecia da liberdade de pensar e agir.
Ou … as sereias, os monstros, o cão fiel, o cão do inferno com várias cabeças, Penélope, Nausicaa …

Ainda hoje leio a Odisseia com prazer. Ainda hoje me faz pensar e sonhar.
João Simas

Livros da nossa vida

E por que não falar um pouco sobre os livros que nos influenciaram na nossa vida? Aqueles que nos deram prazer, que nos fizeram pensar. Aqueles que nos encantaram e que nos encantam ainda. Aqueles que relemos porque têm uma magia que não conseguimos explicar.
E não só os livros, os filmes, a música...
Escrevam que nós gostamos de ouvir.


Basta enviar para bibliofaria@gmail.com

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alma de Saltimbanco
















Alma de Saltimbanco:

Com esta breve narrativa procurarei o diálogo entre duas artes, a Pintura e a Literatura.
Na minha incursão, tomarei como base o enigmático quadro do pintor Pablo Picasso Les Saltimbanques (1905).



Et nous existerons en nous amusant, en rêvant amours monstres et univers fantastiques, en nous plaignant et en querellant les apparences du monde, saltimbanque, mendiant, artiste, bandit…
(Rimbaud, Une Saison en Enfer)



Audácia, virtuosismo, ilusão, duplo mortal, aplausos, apoteose, triplo mortal, aplausos, êxtase; vertigem, desassossego, inquietação…
- Sophie!!!

Cote d’Azur. Em S. Rafael procuro a alquimia, a luz, o sopro anímico para as minhas telas.
Saí cedo do Hotel onde pernoitei. Agora já é o final da tarde.
A época estival traz alguma animação à praia.
A atmosfera é mágica.
Uma esmeralda infinita e ondulante cintila até à linha do horizonte num jogo de contrastes com a abóbada turquesa raiada de nuvenzinhas brancas e cor-de-rosa. É o mar numa dança pré-nupcial com o céu.
À beira da falésia, perco-me a seguir os veleiros que sonham outras paragens.
Preguiçosamente, flutuam as gaivotas e, de repente, cruzam os ares, ébrias de azul, em demanda das correntes de ar quente.
Subitamente, a minha atenção é desviada para o passeio marítimo, onde alguém apregoa croissants. Os meus sentidos bem despertos conseguem captar o odor dos bolos acabados de preparar e visualizo até os tons quentes das compotas que os irão rechear. Passeantes alegres respondem deliciados ao convite.
Graciosas, as burguesas pavoneiam-se exibindo sedas esvoaçantes e algodões frescos. Os seus chapéus inspiram-me. Transfiguro-os: nesta um cesto de flores, naquela um ananás maduro, na outra uma paleta com o arco-íris.
Os acompanhantes masculinos, com fatos de alpaca, cofiam os bigodes e fazem festas aos caniches que as senhoras levam ao colo. O ritmo da deambulação é marcado pelo compasso das bengalas que expelem chispas prateadas quando o sol, caprichoso, incide nas incrustações.
Protegido pela doce sombra de uma palmeira, um homenzinho atarefado vende sorvetes. Mais à frente, uma mulher de pele morena, vestida de chita matizada, corta papel pardo onde enrola por metade as baguettes que os clientes levarão depois debaixo do braço.
Na areia doirada, aqui e acolá, toalhas coloridas, damas com sombrinhas, velhos de boina, crianças felizes vestidas à marujo …
Desço à praia. A luz é quase perfeita. A vontade de perpetuar o momento é quebrada pela constatação de algo que quase me faz perder o bom-humor. Esquecera a paleta, os pincéis, a tela, o cavalete. Subitamente, a minha alma de saltimbanco rejubila com um novo frémito, pela percepção de algo inesperado.
Perto de mim, a uns escassos metros, surge um grupo de vagabundos solitários, decerto guiados pelo sonho, e unidos pela cumplicidade: Les Perrot, anunciava um pequeno estandarte algo desbotado. Um misto de nostalgia e de esperança emanava dos seus semblantes. Quais aves migratórias, seguindo um percurso gizado por uma imperiosa necessidade de sobrevivência, os saltimbancos acabavam de cumprir mais uma etapa.
- Enfim Saint Rafael! Bom augúrio. O Santo é protector dos viajantes e guardião da saúde física e mental. - Era Vincent que assim exultava, arfando. Gordo, o avô. Uma espécie de momo da Idade Média, com um gorro ridículo a prometer entretenimento e mil tropelias.
- A praia está composta, papá. - avança Philippe, o Arlequim –, queremos muito público hoje -. Era uma figura viril, ainda jovem, de olhos azuis acinzentados a condizer com os tons do fato com padrão aos losangos.
Entretanto, um som de tambor ajuda a captar a atenção dos veraneantes. Era Albert, o tocador, um rapaz seminu, irmão de Philippe.
- Toca, não pares, tio. Estão todos curiosos. – diz Jules, um rapaz baixinho e pálido, começando a exibir-se na sua roda, enquanto Chantal, a sua irmã, delicada menina em trajes de seda cor-de-rosa, ensaiava os seus melhores passos.
Aproximei-me um pouco mais, magnetizado pela cena: a cor, o movimento, o ritmo compassado do tambor.
- Bonjour, Monsieur. Não perca o nosso espectáculo, logo mais vamos actuar no Cirque de la Lune.
Então vi-a. Epifania! A dona daquela voz cálida e doce olhava-me fixamente com uns olhos travessos, cuja tonalidade parecia ter absorvido a esmeralda do mar e a turquesa do céu. Contemplei-a demoradamente. Vestida de lycra, a sua figurinha esbelta com contornos perfeitos deixava adivinhar músculos firmes e bem trabalhados, de quem buscava no trapézio novas formas de desafiar as leis da gravidade. Sempre à procura do melhor salto mortal, testava os seus limites ao sabor do risco constante de uma queda. É preciso ousar. Assim era Shophie, fatalmente, para mim, mulher de Philippe, mamã de Jules e de Chantal.
- Com certeza, Madame.- respondi, tartamudeando, sentindo um arreliante rubor acorrer-me às faces -, serei um espectador entusiasta.
A luz era agora perfeita naquele cair de tarde. Desejava fixar o instante numa tela orquestrada por verdes e azuis. Maldito estojo esquecido; execrando hotel que ficava longe da praia.
- É asseado, Monsieur, e muito em conta. – dissera a recepcionista.
Há algum tempo já que não conseguia vender um único quadro. A crispação que transparecia nas últimas telas parecia não atrair compradores. Os escassos francos que guardava ciosamente na minha carteira não davam alternativa. Anuí.
- Fico. Aproveitarei para passear a pé até à beira-mar.
Na ânsia de colher inspiração na praia de Saint Rafael, impelido por uma força desconhecida, tinha olvidado o material de pintura. Imperdoável! Porém, aquela cena iria ficar retida na minha mente ad eternum , pronta, quiçá, a ser recriada a qualquer momento.
- À toute à l’heure.
- À toute à l’heure, monsieur.
Deambulei, então, mais ao menos ao acaso, pelas ruas agora mais sombrias. A tarde refrescara. Apenas o rosto ainda ruborizado me devolvia algum calor. O coração palpitante ansiava por um novo encontro. Sempre a esperara, sem saber. Sabia-o agora.
Entretanto no hotel, um creme de cebola demasiado agridoce, ingerido à pressa e um golo de rosé que deslizou com dificuldade pela minha garganta dolorosamente seca, não conseguiram reconfortar-me de uma fraqueza inusitada, um estado de inquietante nostalgia que tomava de assalto o meu corpo e o meu espírito desprevenidos. Sophie!...
Depressa regressei à rua agora deserta. Ouvia ecos longínquos de uma música circense que se confundia com o piar lúgubre das aves nocturnas, ávidas de sangue. Só a lua, ostentando um halo enigmático, testemunhava a minha excitação incontida. Sophie, exibe-te só para mim.
De repente, recortando-se no céu, agora de pedra ónix, vislumbro a tenda da fantasia: Cirque de la Lune, anunciava o dístico sobranceiro. O público acotovelava-se, ávido de diversão.
- Madames et Monsieurs, « Les Perrot » !
Eis Vincent, o momo, fazendo mil esgares e procurando enterrar todos os desgostos. O seu figurino extravagante e a visível boa disposição contagia o público, que não regateia as palmas.
Segue-se o arlequim, que apresenta um número romântico, mimando tristemente um par com uma Colombina que nunca aparece, enquanto Chantal, a pequena bailarina, se exibe discreta e graciosamente num esvoaçar cor-de-rosa. Os espectadores estão rendidos. Por aqui e por acolá, cai uma lágrima teimosa em honra daquele arlequim solitário.
- Animação, muita animação. – anuncia Albert, o tambor, num vigoroso ruflar. E quase em simultâneo entra Jules, manuseando a roda numa simbiose perfeita entre corpo e objecto artístico, como que animado por um fogo sagrado. A empatia com o público é imediata.
- Pedimos silêncio, Madames et Messieurs. Segue-se um arriscado número de trapézio.
Nem um murmúrio na assistência, subitamente anestesiada por um respeito incomum.
Ei-la. No trapézio sem rede, em movimentos arrojados, desafia Áthropos às vezes numa dança sensual, outras numa vertigem sem fim. Manipulando a corda como ninguém, ocasionalmente parece querer infligir um castigo a si própria, auto-flagelar-se, para esquecer a vida de saltimbanco que um dia lhe oferecera Vincent, e que sozinha e sem alternativa, órfã e sobrevivente de um circo em chamas de onde seus pais não conseguiram escapar, se viu forçada a abraçar.
No trapézio rodopia ainda, é um fuso. Sobe, é uma estrela. Voando perigosamente, cada vez mais alto, qual Ícaro na proximidade do sol, exerce um magnetismo exorcizante nos espectadores. As suas piruetas em incursões pelo abismo, deixam transparecer um êxtase infindável.

Audácia, virtuosismo, ilusão, duplo mortal, aplausos, apoteose, triplo mortal, aplausos, êxtase; vertigem, desassossego, inquietação…
- Sophie!!

Onde estás Rafael, santo amaldiçoado, que não fizeste jus ao vaticínio de Vincent?
Abandono o cemitério.
Os saltimbancos estão inconsoláveis. Todavia, há que prosseguir viagem. Cumprir o roteiro que a sobrevivência ditou. Cannes espera-os. 30 km a vencer e o circo La Grande Illusion será a próxima etapa. É lá que tudo acontece. O espectáculo tem de continuar, mesmo que o trapézio agora inerte, já não hipnotize os espectadores.
Sigo-os, como uma marioneta manipulada por uma força superior.
Expio-os. Sou voyeur inveterado.
Route de la Corniche. O caminho é sinuoso.
Le Drammont, mais à frente Boulevard de la Plage. É preciso interagir com os passeantes. Os malabarismos misturam-se com as momices, enquanto a roda gira ao som de um tambor. A actuação do arlequim é pretexto para uns passinhos pouco convincentes de uma bailarina desolada. Mas é preciso comer.
Route de Saint Barthóeny. Mais um duro percurso com carreiros em declive e o mar belicoso lá em baixo.
Continuo a segui-los.
Em Théoule-sur-Mer pernoitamos, não sem uma nova actuação, não sem enganar o estômago. É preciso viver.
Consegui vender uma tela. Com o dinheiro que apurei, comprei alguma coisa para retemperar forças e continuar a caminhada ditada pelos saltimbancos.
Plage du Midi. É tempo de uma paragem revigorante, a 5 km do destino aguardado. O mar, como uma túnica ondulante que ornamenta o corpo de uma bela mulher, acaricia ao de leve a areia, com a qual, num brando murmúrio, entabula um harmonioso diálogo.
Chantal percorre a beira-mar e vende flores cor de salmão que tira de um cestinho.
Franze o sobrolho, e chora sem saber a razão, ao escutar palavras enigmáticas ditas por uma burguesa que lhe compra um raminho:
- Serás sempre a minha flor.
Aquela voz…
Os outros entreolham-se como que petrificados.
Qual fantástica aparição é ela que, olhando o vago, repousa gozando tranquilamente a suavidade do areal. O seu perfil é irrefutável, ainda que a aparência fidalga seja pretexto para não lhe trair a identidade. Nos olhos agora enigmáticos, brilha a esmeralda matizada de turquesa. O mesmo rosto num corpo cujos contornos estão dissimulados sob uma ampla saia rodada e um xaile que tem o cuidado de segurar zelosamente. O chapéu que lhe cobre graciosamente o adorável cabelo encontra-se agora enfeitado por flores cor de salmão. Pronta para viver uma nova vida que não a de Saltimbanco.

A luz é perfeita. Confiro o estojo de pintura. É a minha chance.
- Bonsoir Madame.
- Bonsoir Monsieur. É preciso ousar.
Um rubor invade-me e com ele pinto as flores do teu chapéu.
- SOPHIE!!!


FIM


Autora:
Ana Paula Ferrão

Sugestão de leitura para horário de Inverno



Descrição da editora

Ria e Marylin não se conhecem – vivem a milhares de quilómetros de distância, separadas pelo oceano Atlântico: um numa grande e acolhedora casa vitoriana em Tara Road, Dublin, a outra numa casa moderna em Nova Inglaterra. Seria difícil encontrar duas mulheres mais diferentes; a vida de Ria centra-se na sua família e nos seus amigos, enquanto a de Marylin conheceu muito sofrimento. Mas quando cada uma delas precisa de sair do ambiente que as rodeia, uma troca de casas parece ser a solução ideal. Juntamente com as casa emprestadas surgem os vizinhos e os amigos, os mexericos e as especulações quando Ria e Marylin trocam de casas durante o Verão...

Impressão da leitora

Um livro certamente consagrado à ala feminina, espelhando a vida e os anseios de mulheres diferentes.

Aquilo que muitas vezes temos como certo, afinal não passa de ilusão. Nada é eterno, nem as amizades nem o amor. E quando julgamos que nos conhecemos, basta vermo-nos numa outra óptica, num outro ambiente, para conseguirmos descobrir um novo “eu”. E quem sabe se esse outro “eu” não é bem mais agradável que aquele que conhecíamos…

Estas questões emergem de Uma Casa na Irlanda, para além de que, quem se sinta fascinado pela Irlanda como eu, poder conhecer um pouco melhor o ambiente de valores de um país fascinante, o qual a autora (ela própria irlandesa) demonstra conhecer bem.

Aconselha-se… no final das tardes outonais, antes de adormecer, aos fins-de-semana…

sábado, 25 de outubro de 2008


Há sempre uma cantinho, à espera de palavras. Chama-se "Cenas" e está na Biblio Faria. Basta pegar no lápis e desenhar palavras, sobre "cenas".

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A escola e a biblioteca a crescer...

Três anos passados em corredores longos que recebem a brisa fresca que vem de fora, que contam histórias, que vêem namoros de adolescentes, ouvem conversas de amigos, sentem as gargalhadas felizes de quem por eles corre ao ouvir tocar na hora de entrar para a sala de aula.
Também eu os percorri, há alguns anos atrás… fui aluna do, sempre nosso amigo, Prof. João Simas, da Prof. Paula Vidigal (a nossa Paulinha!) de quem fomos muito mais do que alunas… da Prof. Manuela Gamero, naquelas aulas de alemão sempre muito alegres… e de muitos outros professores e professoras, uns marcando mais que outros, mas todos dando o seu contributo no nosso crescimento individual.
No meu tempo aí na escola, vimos a Biblioteca crescer… ficou mais ampla, com muito mais recursos e tornou-se um espaço em que muitos de nós gostávamos realmente de estar! Os livros, as revistas, os filmes, o acesso à Internet, as conversas com os colegas, com as funcionárias, foi sem dúvida uma mais-valia para a escola e hoje acredito que ainda esteja melhor!
Já lá vão quase 5 anos desde que saí da escola. Fui para a Universidade de Évora, tirei o curso de Turismo e hoje já estou a trabalhar naquilo que gosto (tenho sorte!). O tempo passa depressa… depressa demais! Quando ouvia alguém mais velho dizer isso, pensava que não era bem assim, o tempo não havia de passar tão depressa! Mas passa… ficam as memórias da escola, das pessoas, dos colegas e de como nós éramos na altura (incrivelmente diferentes do que somos hoje). Crescemos sem darmos por isso. Cresci, sem dar por isso. A forma de ver o mundo, as pessoas, as relações, a vida em si, não é de todo a mesma que eu tinha na altura.
Agradeço aos professores, que foram e são muito mais do que isso, são amigos e confidentes. Agradeço aos colegas. Agradeço às amigas, com quem ainda hoje me relaciono e que continuarei sempre a adorar! Agradeço à ESCOLA por aquilo que sou hoje, pois acredito que foi ela que me foi moldando à vida e ao mundo.
Muitos parabéns pela iniciativa!

Vera Simões (lembram-se de mim?...)

Nota: o título do texto foi da responsabilidade da equipa.
A Vera é sempre lembrada.

Bibliotecas virtuais

330 Livros Para Ler ou Imprimir
Para quem gosta de ler:

É só clicar no título pra ler ou imprimir.
A Divina Comédia -Dante Alighieri
A Comédia dos Erros -William Shakespeare
Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
Dom Casmurro -Machado de Assis
Cancioneiro -Fernando Pessoa
Romeu e Julieta -William Shakespeare
A Cartomante -Machado de Assis
Mensagem -Fernando Pessoa
A Carteira -Machado de Assis
A Megera Domada -William Shakespeare
A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
Dom Casmurro -Machado de Assis
Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
A Carta -Pero Vaz de Caminha
A Igreja do Diabo -Machado de Assis
Macbeth -William Shakespeare
Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
A Tempestade -William Shakespeare
O pastor amoroso -Fernando Pessoa
A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
O Mercador de Veneza -William Shakespeare
A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
A Mão e a Luva -Machado de Assis
Arte Poética -Aristóteles
Conto de Inverno -William Shakespeare
Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
A Metamorfose -Franz Kafka
A Cartomante -Machado de Assis
Rei Lear -William Shakespeare
A Causa Secreta -Machado de Assis
Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
Júlio César -William Shakespeare
Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
Cancioneiro -Fernando Pessoa
Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
A Ela -Machado de Assis
O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
Dom Casmurro -Machado de Assis
A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
Adão e Eva -Machado de Assis
A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
A Chinela Turca -Machado de Assis
As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
Poemas Selecionados -Florbela Espanca
As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
Iracema -José de Alencar
A Mão e a Luva -Machado de Assis
Ricardo III -William Shakespeare
O Alienista -Machado de Assis
Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa
A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne
A Carteira -Machado de Assis
Primeiro Fausto -Fernando Pessoa
Senhora -José de Alencar
A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca
Sonetos -Luís Vaz de Camões
Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos
Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
Iracema -José de Alencar
Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
Os Maias -José Maria Eça de Queirós
O Guarani -José de Alencar
A Mulher de Preto -Machado de Assis
A Desobediência Civil -Henry David Thoreau
A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
A Pianista -Machado de Assis
Poemas em Inglês -Fernando Pessoa
A Igreja do Diabo -Machado de Assis
A Herança -Machado de Assis
A chave -Machado de Assis
Eu -Augusto dos Anjos
As Primaveras -Casimiro de Abreu
A Desejada das Gentes -Machado de Assis
Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
Quincas Borba -Machado de Assis
A Segunda Vida -Machado de Assis
Os Sertões -Euclides da Cunha
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
O Alienista -Machado de Assis
Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra
Medida Por Medida -William Shakespeare
Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare
A Alma do Lázaro -José de Alencar
A Vida Eterna -Machado de Assis
A Causa Secreta -Machado de Assis
14 de Julho na Roça -Raul Pompéia
Divina Comedia -Dante Alighieri
O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
Coriolano -William Shakespeare
Astúcias de Marido -Machado de Assis
Senhora -José de Alencar
Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
A 'Não-me-toques'! -Artur Azevedo
Os Maias -José Maria Eça de Queirós
Obras Seletas -Rui Barbosa
A Mão e a Luva -Machado de Assis
Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
Aurora sem Dia -Machado de Assis
Édipo-Rei -Sófocles
O Abolicionismo -Joaquim Nabuco
Pai Contra Mãe -Machado de Assis
O Cortiço -Aluísio de Azevedo
Tito Andrônico -William Shakespeare
Adão e Eva -Machado de Assis
Os Sertões -Euclides da Cunha
Esaú e Jacó -Machado de Assis
Don Quixote -Miguel de Cervantes
Camões -Joaquim Nabuco
Antes que Cases -Machado de Assis
A melhor das noivas -Machado de Assis
Livro de Mágoas -Florbela Espanca
O Cortiço -Aluísio de Azevedo
A Relíquia -José Maria Eça de Queirós
Helena -Machado de Assis
Contos -José Maria Eça de Queirós
A Sereníssima República -Machado de Assis
Iliada -Homero
Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco
Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage
Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa
Anedota Pecuniária -Machado de Assis
A Carne -Júlio Ribeiro
O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
Don Quijote -Miguel de Cervantes
A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne
A Semana -Machado de Assis
A viúva Sobral -Machado de Assis
A Princesa de Babilônia -Voltaire
O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional
Papéis Avulsos -Machado de Assis
Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos
Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós
O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
Anedota do Cabriolet -Machado de Assis
Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias
A Desejada das Gentes -Machado de Assis
A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra
Almas Agradecidas -Machado de Assis
Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós
Contos Fluminenses -Machado de Assis
Odisséia -Homero
Quincas Borba -Machado de Assis
A Mulher de Preto -Machado de Assis
Balas de Estalo -Machado de Assis
A Senhora do Galvão -Machado de Assis
O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis
Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu
CHARNECA EM FLOR -Florbela Espanca
Cinco Minutos -José de Alencar
Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
Lucíola -José de Alencar
A Parasita Azul -Machado de Assis
A Viuvinha -José de Alencar
Utopia -Thomas Morus
Missa do Galo -Machado de Assis
Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero
Hamlet -William Shakespeare
A Ama-Seca -Artur Azevedo
O Espelho -Machado de Assis
Helena -Machado de Assis
As Academias de Sião -Machado de Assis
A Carne -Júlio Ribeiro
A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós
Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar
Antes da Missa -Machado de Assis
A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
A Carta -Pero Vaz de Caminha
LIVRO DE SÓROR SAUDADE -Florbela Espanca
A mulher Pálida -Machado de Assis
Americanas -Machado de Assis
Cândido -Voltaire
Viagens de Gulliver -Jonathan Swift
El Arte de la Guerra -Sun Tzu
Conto de Escola -Machado de Assis
Redondilhas -Luís Vaz de Camões
Iluminuras -Arthur Rimbaud
Schopenhauer -Thomas Mann
Carolina -Casimiro de Abreu
A esfinge sem segredo -Oscar Wilde
Carta de Pero Vaz de Caminha. -Pero Vaz de Caminha
Memorial de Aires -Machado de Assis
Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
A última receita -Machado de Assis
7 Canções -Salomão Rovedo
Antologia -Antero de Quental
O Alienista -Machado de Assis
Outras Poesias -Augusto dos Anjos
Alma Inquieta -Olavo Bilac
A Dança dos Ossos -Bernardo Guimarães
A Semana -Machado de Assis
Diário Íntimo -Afonso Henriques de Lima Barreto
A Casadinha de Fresco -Artur Azevedo
Esaú e Jacó -Machado de Assis
Canções e Elegias -Luís Vaz de Camões
História da Literatura Brasileira -José Veríssimo Dias de Matos
A mágoa do Infeliz Cosme -Machado de Assis
Seleção de Obras Poéticas -Gregório de Matos
Contos de Lima Barreto -Afonso Henriques de Lima Barreto
Farsa de Inês Pereira -Gil Vicente
A Condessa Vésper -Aluísio de Azevedo
Confissões de uma Viúva -Machado de Assis
As Bodas de Luís Duarte -Machado de Assis
O LIVRO D'ELE -Florbela Espanca
O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
Lira dos Vinte Anos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
A Orgia dos Duendes -Bernardo Guimarães
Kamasutra -Mallanâga Vâtsyâyana
Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
A Bela Madame Vargas -João do Rio
Uma Estação no Inferno -Arthur Rimbaud

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sherlock Holmes na Biblio



“A Aventura dos Bonecos Dançantes”, de Conan Doyle


Primeira história deste ano na Biblio Faria, inserida na actividade 5 Dedos de Conversa (4as, no intervalo grande da manhã). Durante três sessões contou-se a dita aventura para uma assistência familiar e fidelíssima no que respeita à assiduidade. Com direito a um quadro onde se anotavam as pistas e a oferta do cartão de visita do famoso detective.

“A Aventura dos Bonecos Dançantes”, um conto de Conan Doyle (1859-1930), o criador do famoso detective Sherlock Holmes, personagem enigmática e, de tal modo viva, que depressa voou das páginas para adaptações de cinema e teatro. Mais ainda, o famoso detective da 221B Baker Street, em Londres, deu ainda origem a um museu na capital londrina cujo ambiente e objectos revivem Holmes (e o seu amigo Dr. Watson) como se de um homem de carne e osso se tratasse. Aconselhamos a sua visita, nem que se seja virtualmente, através de: http://www.sherlock-holmes.co.uk/


Sinopse: Sherlock Holmes recebe por correio, um enigmático bilhete com pequenos bonecos dançantes desenhados. Mr. Cubitt é o cliente que lhe pede ajuda para descobrir o que significam tais hieróglifos, já que os mesmos surgem desenhados na sua propriedade e deixam a sua esposa à beira de um ataque de nervos.
Com a chegada de mais bilhetes e algumas perguntas sobre o casal, o detective consegue descodificar aquilo que era um código para envio de uma mensagem secreta e perigosa. Não consegue, no entanto, chegar a tempo de evitar uma drástica morte e um triste ferimento…
Reunir as pistas no local do crime e desvendar o mistério é o final empolgante desta aventura, que nos remete para a Inglaterra aristocrática do séc. XIX.
“A Aventura dos Bonecos Dançantes” existe também em filme (com o título “Os Dançarinos”), na Biblio da Severim, tendo como protagonista o excelente e incomparável actor Jeremy Brett. Aconselha-se fortemente!

Comecemos este blogue ...



Finalmente começámos este blogue. Estamos em fase de experiência e queremos sugestões e, sobretudo, participação. Está aberto a todos os membros da comunidade escolar que queiram escrever textos sobre livros, filmes, música … Queremos uma biblioteca viva em que os leitores digam o que pensam sobre esta ou aquela história, sobre um teatro que viram ou de que fizeram parte, um texto seu que gostariam que fosse mais conhecido ou comentado, uma experiência científica que os tenha levado a pensar mudar as coisas, reflexões sobre o mundo ou esta cidade, factos que pensem dever ser divulgados.

O mais importante é construir. Por isso pedimos que escrevam com o vosso próprio estilo, mesmo que achem que outros escrevem melhor. Certamente serão mais apreciados assim, porque se exprimem com autenticidade e com o colorido próprio de cada um. Quem sabe o que poderá sair daqui, que novas vozes se farão ouvir nos próximos tempos?
As regras são mínimas, passam sobretudo pelo respeito pelos outros, pela forma de estar de cada um, no respeito pela diferença de opiniões, pelas normas de convivência em democracia.

Enviem os textos para bibliofaria@gmail.com e verão que após os vossos, outros mais hão-de vir.

Prémio Camões 2023

Professor Universitário, ensaísta e tradutor,  João Barrento   é o vencedor da 35.ª edição do Prémio Camões, pelo conjunto da obra. De aco...