quinta-feira, 30 de junho de 2011

Notícias em atraso II

Jornalista na Escola Secundária de Severim de Faria

No passado dia 24 de Março, a turma do 7º A, no âmbito do estudo de textos da Comunicação Social na disciplina de Língua Portuguesa, recebeu a agradável visita do jornalista da TVI, Amilcar Matos, pai do aluno Diogo Matos.
Depois de uma apresentação do jornalista introduzida pelo próprio filho, os alunos – que antecipadamente haviam trabalhado a entrevista – levantaram questões sobre os diferentes tipos e técnicas de textos jornalísticos e sobre o trabalho desenvolvido por Amilcar Matos como profissional de televisão (TVI), jornalismo e rádio.
No final, houve ainda tempo para uma conversa mais informal entre os jovens entrevistadores e o entrevistado.

Beatriz Peixe (7º A )e Paula Vidigal













Notícias em atraso





Às vezes as coisas não correm como queremos, porque o tempo corre mais veloz que nós.
Assim, mesmo sabendo que a notícia se quer actual, publicamos aqui o que teria sido notícia em Março, mas ainda assim queremos relembrar.

Notícia 1:

Visita de estudo à GESAMB

Os programas do 3º ciclo do Ensino básico na área das Ciências (Ciências Naturais e Ciências Físico-Químicas) referem a necessidade de sensibilizar os alunos deste ciclo de escolaridade, para a protecção e conservação da natureza.
Neste contexto, as docentes destas áreas disciplinares, entenderam como desejável a realização de uma visita de estudo com os alunos do 7º ano à Gesamb, empresa responsável pela gestão e exploração do Sistema Intermunicipal de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Distrito de Évora (SIRSU), localizada na Estrada das Alcáçovas, à saída de Évora.
Esta visita de estudo tem, para além de outros, os seguintes objectivos:
  1. Sensibilizar os alunos para a necessidade de preservar e economizar os recursos naturais;
  2. Realçar a importância da reciclagem dos resíduos (lixo, água, papel, lata, entre outros);
  3. Reconhecer a necessidade de tratamento de materiais residuais, para evitar a sua acumulação, considerando as dimensões económicas, ambientais e éticas;
  4. Reconhecer o papel da Ciência e Tecnologia na transformação dos resíduos sólidos.
A turma 7º A realizou a visita no dia 16 de Março pelas 11 horas.


Isabel Martins Casaca

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tecidos Impiedosos.

Ninguém é de ferro, na verdade, somos feitos do nosso material, ADN ou lá como lhe chamam, informação e genética, quem diz que só a vida faz as pessoas não está correcto, a Natureza também tem a sua mão, a vida não existe simplesmente, cria-se.

À nossa volta criamos a nossa pele da maneira como as pessoas a captam, ou seja, a nossa formação enquanto indivíduos e seres humanos, seres racionais e pensadores é feita pelo que nos inculcam de valores a pensamentos e a partir de certo ponto nós desenvolvemo-nos de dentro de nós mesmos e tornamo-nos em nós próprios, não só física como mentalmente (a psique é a única coisa que somos incapazes de alterar).

Estes nossos pensamentos, palavras soltas que se juntam e definem a qualidade que pretendemos para a nossa vida e a dos outros são a camada que se fortalece a cada dia que passa e dependendo da nossa sapiência: há humanos feitos de meros tecidos, enquanto outros são práticos diamantes. E eu não sou um tecido, muito menos um diamante, a cada palavra que aqui sangro perco parte da minha matéria, desfaço a barragem da mentalidade e os cristais da minha política interna nadam no lago do meu cérebro.

Há quem force as palavras e esses arquétipos não chegam a pensamentos, sonsas conversas feitas do que se gosta de ouvir, a popularização de mentalidades extermina os restantes pingos de noção que creio ainda existir na humanidade.

Não preciso de outras línguas para expressar o que o meu povo não quer dizer: a cultura desce a pique e não  a vou conseguir voltar a elevar sozinho. Uma língua é uma cultura, sim, mas então e que uso fazem dela se não sabem o que dizem? Falo de inteligência e insulto os que não têm medo das barbaridades que temem se até eu enquanto aqui choro pelo que vocês ignoram tenho medo do que se tornará este texto. Um insulto? Uma marca? Importante nada, carece o vago que os cépticos tanto anseiam:

"O mundo está bem assim, vou continuar a espezinhá-lo a cada passo. A criminalidade aumenta e é mentira do governo, o dinheiro decresce mas vou comprar um carro e uma casa de férias, os meus vizinhos são homossexuais à sua frente finjo-me, por detrás digo mal deles, na verdade tenho curiosidade, consumo drogas mas não quero passar de um rebelde."

Mas a lei não é só a justiça governamental, a lei são os limites que impomos a nós mesmos e as nossas mentiras são os nossos maiores caprichos, o julgamento é feito por nós mesmos, estamos mal quando nos julgamos e sentimos mal com o que fazemos, mas até à morte não devemos redimir-nos.

Parece que não falo a vossa língua, o meu cérebro veio do inexistente, como posso só eu estar mal neste mundo, se para vocês tudo menos o vosso espelho está errado.

Cortando as nossas próprias pernas para andar, nunca seremos feitos de tecido e muito menos de diamantes - se eu não existir para vomitar para cima de vocês a vossa "verdadeira" mentira, nunca estarão vocês acima do que são, viveremos sempre pobres de espírito a criticar os que têm mais que nós por viverem livres enquanto vivemos presos, desejosos e mal-educados.

Nunca vou cuspir a língua que tenho entre os dentes antes de lamber o cérebro e falar pela mente. 

Tiago Filipe

Texto final do meu portefólio

Este foi o 3º e último período deste ano lectivo e também a última entrega do portefólio. Foi um projecto interessante, diferente de tudo o que fiz até hoje. Poderia ter corrido melhor se não contasse com o que aconteceu no 1º período mas tenho que contar. Foi difícil mas acho que consegui superar, mas para o ano tem que ser diferente pois a velocidade com que fiz este trabalho não foi muito segura. Nos dois primeiros períodos, que foram os maiores, apenas trabalhei dois livros e fiquei por trabalhar três no último que é o mais pequeno. Mas no final estou razoavelmente satisfeito com aquilo que fiz, visto que foi o primeiro projecto deste género.


Francisco Godinho 10ºLH nº13

Literatura e o meu portefólio


Ao escolher a disciplina de Literatura, não sabia o que esperar. Bem, tinha uma certa ideia: ler e escrever. Afinal de contas, é Literatura.
Mas esqueci o pormenor de ser Literatura Portuguesa. Quando, pela primeira vez, abri o manual, fiquei espantada: poesia trovadoresca, Luís de Camões, Gil Vicente, Fernão Lopes… Penso que esta disciplina me ajudou a compreender que não são apenas os escritores e os livros estrangeiros que são bons. Os nacionais também têm prestigio.
Foi então que a professora nos falou de um plano que se tem de desenvolver, um tal de Projecto Individual de Leitura. No início, fiquei um pouco assustada. Ela disse que era um “portefólio”. Claro que sei o que é um portefólio: um dossier, folhas e imagens. Mas este portefólio de Literatura é algo mais do que isso: é um objecto de cultura, quase sagrado, o tempo e dedicação que damos à sua criação é inimaginável. Perdi tardes de televisão, ensaios de dança, saídas com amigos… perdi tanto mas ganhei ainda mais. Valeu a pena. Se é para fazer, então que fique bem feito!
Pretendo tornar este portefólio, de capa roxa e folhas brancas, algo que seja aprazível para quem o leia, mas também para mim. Quero torná-lo um locus amoenus, digamos. Adoro escrever (como já se dever ter notado), apesar de não ser nenhuma Agustina Bessa-Luís nem nenhuma Florbela Espanca. Apenas tento ser sua descendente, nem que sejam poucas pessoas que vejam o meu árduo trabalho.
Dei o meu máximo, excedi os meus limites, busquei forças e inspiração… nem sei bem onde, para ser sincera.
Estou orgulhosa deste dossier, de todo o seu conteúdo. Sinto que ainda posso fazer melhor, não estou completamente satisfeita. Este é um dos meus defeitos. É bom defeito.
Guardarei este projecto como quem guarda uma estátua valiosa. No entanto, ao contrário da estátua, ele não tem nem nunca terá um preço.
É único, pelo menos para mim.

Joana Cidades
10ºLH nº17
2010/2011

Balanço Final do Projecto Individual de Leitura

  Inicialmente achei que iria ter grandes dificuldades na realização deste projecto.
  Primeiro porque nunca tinha prestado grande atenção a autores Portugueses e depois porque nunca antes me dediquei à leitura de obras poéticas e dramáticas, não me sentindo por estes motivos familiarizada com tal parte do meu “eu” enquanto leitora.
  “- Como é que eu vou dar a volta a esta situação? Não vou conseguir!”. Foram os primeiros pensamentos a surgir, nada a que não esteja habituada, pois é frequente a falta de segurança em mim…
  Após um período de adaptação a esta nova tarefa passei a encarar o Projecto Individual de Leitura como um desafio.
  O que eu não sabia é que esse desafio me havia de proporcionar momentos que hoje, me dão alegria e realização e que viria a constituir uma grande mais-valia para a minha formação e cultura literária!
  O tempo passou, o trabalho foi aparecendo, os motivos de orgulho aumentando e o conhecimento de mim própria enriquecendo!
  Foi uma experiência inigualável que espero repetir…
  Uma aventura, um processo que me tornou mais confiante e que me ajudou a crescer.
  Uma “peregrinação” que me tornou feliz e que me ensinou caminhos nunca antes por mim descobertos, que me levou a sensações contraditórias, tais como, entusiasmo e desespero, alegria e desespero, levou-me a fúrias e a mistérios…tal como qualquer peregrinação!
  Passei por famílias estranhas, revoluções, diferentes séculos, amores proibidos. Passei montes e palácios, naveguei em caravelas até à Índia e desloquei me de automóvel… Passei de uma simples e vaga visão para uma enorme e arrojada invenção!
  Criei, aprendi, cresci e inovei…
  Foi um teste, um grande teste!
  Agora aqui estou eu a fazer um balanço daquilo que foi para mim o P.I.L., Projecto Individual de Leitura. Acabou por se tornar um fiel companheiro!
Escolhi esta imagem porque simboliza todo o meu percurso neste projecto. Com altos e baixos, curvas e contra-curvas mas de extrema beleza!


                     Prova de que a
                     Imaginação e a
Leitura te transformam!
Maria Inês Carvalho

Prémio Camões 2023

Professor Universitário, ensaísta e tradutor,  João Barrento   é o vencedor da 35.ª edição do Prémio Camões, pelo conjunto da obra. De aco...