terça-feira, 30 de novembro de 2010

Frequência J

Do projecto:
Apresentação geral do Projecto

            O programa de rádio será emitido durante vinte semanas. As emissões são dirigidas aos jovens da região Évora e o conteúdo das sessões serão eminentemente de natureza sociocultural.
Todas as sessões de rádio semanais serão dedicadas a um tema, sobre o qual se desenvolverá parte da sessão, como por exemplo a rubrica, “há conversa com…” (entrevista), e “Tu falas”. Esta última rubrica permitirá dar voz aos jovens. Esta interacção com os jovens ouvintes é conseguida através de uma caixa de correio on-line.
Outro espaço importante no programa será a “agenda cultural jovem” que divulgará os eventos, acontecimentos e projectos para os jovens da região, com especial ênfase, para as actividades desenvolvidas no âmbito do Ano Internacional da Juventude.
A música ocupará uma parte importante em cada uma das sessões, emitindo-se música ao gosto das jovens realizadoras do programa. A rubrica “Tempo da música” será também um espaço para a divulgação da música que os jovens por cá fazem.
A realização deste projecto contará com dois parceiros fundamentais para a sua execução: a rádio Telefonia do Alentejo e a Direcção Regional do Instituto Português da Juventude de Évora.



Autoras do Projecto
§    Ana Bonito
§    Sofia Aires
§    Catarina Roques

(Alunas Estagiárias do Curso Profissional de Animador Sociocultural da Escola Secundária de Severim de Faria)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lançamento de livro de Fernando Évora


Para não estragar a surpresa da leitura, dizemos simplesmente que vale a pena ler este livro com um conjunto de personagens deste Alentejo que existe.
O livro existe na biblioteca, oferta do autor, que também aqui viveu e contribuiu para novas vivências nesta escola.
Leiam e depois falamos, com o autor até.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A maldição do castelo

Aqui segue mais um "conto maravilhoso":

 Era uma vez um turista que era muito curioso e perverso. Ele foi para uma cidade muito estranha que tinha um castelo assombrado e como não resistiu, foi visitá-lo.
 Mas o castelo tinha uma maldição: quem encontrasse o coração do último que lá tinha estado, o fantasma do rei conceder-lhe-ia um desejo. Quando estava a entrar, ouviu uma voz vinda de trás que dizia:
 - Nunca conseguirás sem a minha ajuda, pois eu sei onde está o coração.
 - Então vem comigo. Serás uma testemunha da minha descoberta.
 - Já agora quem és? – perguntou o turista.
 - Sou um burro muito sábio.
 - Então anda!
 Quando entraram e subiram as escadas dos mil e um degraus, sentiram o chão a tremer. Mas não era um tremor de terra, era o corpo amaldiçoado do rei que saíra do inferno para defender o que era seu.
 O burro, para além de saber onde estava o coração, era mágico. Por isso fez um truque de invisibilidade e de seguida fez aparecer um lindo cavalo alado.
 Finalmente encontrou uma passagem. Mas aí encontrou um homem com uma capa e uma gadanha muito afiada.
 E o turista perguntou:
 - És a morte?
 - Não, sou só o guarda das portas do céu. - disse o homem
 - Mas sabes dizer-me onde fica o coração do rei? – perguntou o turista.
 -Isso é uma coisa a que não te posso responder, pois pessoas como tu e o teu amigo acabam mortos. – disse o homem.
 Então, sem quaisquer meios para derrotar o homem misterioso, o turista e o seu companheiro fugiram para várias divisões do grandioso castelo.
 Mas foram encontrados e feitos prisioneiros.
 No entanto, o companheiro do turista voltou a encontrar uma solução: utilizou um pó estranho  que desfez em mil pedaços as grades da masmorra.
 Depois o turista correu e encontrou a sala de estar e reparou que debaixo da mesa brilhava o coração do rei.
 E, sem saber como, fechou os olhos e quando os abriu já estava fora do castelo e foi contar a todo mundo o seu grande feito.
  
Diogo Matos, 7º A





segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conto maravihoso

A partir de um guião do  Plano Nacional de Leitura intitulado "conto maravilhoso" (o qual, por questões técnicas se torna difícil colocar aqui), os alunos do 7º A criaram os seus contos maravilhosos.

Vamos publicar alguns a partir de agora:



Era uma vez um príncipe que andava muito triste, porque andava à procura da sua coroa.
Passado algum tempo, o príncipe encontrou um burro  falante.
O príncipe perguntou ao burro:
-Desculpe, você encontrou alguma coroa?
-Por acaso encontrei, tinha uma bruxa malvada.-disse o burro.
-E para onde é que foi a bruxa?-perguntou o príncipe.
-Foi para aquela ilha onde existe aquele grande castelo.- Disse o burro.
O príncipe perguntou-lhe assim: - Como é que eu vou para aquela ilha?
-Vai de barco, que está ao pé da árvore. -   disse o burro.
-Muito obrigado, senhor burro. Agradeceu o príncipe.
Então o príncipe foi de barco e ao chegar à ilha, encontrou as plantas que mordiam e , ao morderem, o corpo ficava com veneno.
Então o príncipe não sabia o que fazer, olhou para um lado e para o outro, não encontrou nada, mas olhou para trás e encontrou pão no barco.
O príncipe atirou bocados de pão às plantas e assim conseguiu livrar-se delas.
O portão do castelo estava aberto, o príncipe entrou no castelo e viu a bruxa  com a coroa na cabeça.
-Tire já a coroa de cima dos piolhos!- gritou o príncipe.
-Ahahah!Finalmente você chegou, estava mesmo à sua espera, vou transformá-lo em sapo.-disse a bruxa.
A bruxa pegou na varinha, fez o feitiço, o príncipe meteu-se atrás do espelho, o feitiço fez reflexo no espelho e a bruxa transformou-se em sapo.
O príncipe viu a bruxa transformada em sapo e ficou feliz.
Ele pegou na coroa e disse:-Tenho ir lavar esta coroa, deve estar com muitos piolhos.
E viveu feliz com a sua coroa... sem piolhos!



Sérgio Rita

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Mar



  Mar, que no mais ínfimo do teu ser escondes parte da essência e do mistério que poucos de nós sabemos.
  Impões respeito a quem em ti entra e a quem te observa.
  Serves de porto de abrigo àqueles que te procuram e desassossegas quem de ti se afasta.
  És orgulho, e tens orgulho naquilo que és. Tudo em ti é luxo, magia, imensidão, perfeição… Tudo em ti é brilho.
  Se um dia o azul desaparecer, toda a magia desaparece, e então, o mundo mergulhará na escuridão.






Mª Inês Correia Porto Neves de Carvalho, nº22, 10ºLH

Campo



  Haverá melhor lugar onde se passar e absorver, com o poder de um olhar, tudo o que à nossa volta se encontrar?
  Não…
  O campo, decorado de acordo com a época, sem ligar a grandes modas, está habituado a cantar e encantar, ouvir e partilhar, dar e receber sem se incomodar.
  Faz pensar como tudo toma outra beleza quando visto não só com os olhos, mas também com o coração.
  O canto dos pássaros, o murmúrio das searas quando o vento dá o seu sinal, a dança das flores na Primavera, os rebanhos que passam sem darem grande importância à nossa presença…
  Considero-o como um refúgio, onde desde pequena me levaram e me ensinaram a respeitar esse mundo que tanto de bom nos dá. Lá, posso pensar, posso gritar, chorar, ou limitar-me a absorver o silêncio que me envolve e facilmente se quebra.
  Uma viagem que faço, e anseio por repetir vezes sem conta. Uma viagem que me proporciona outras viagens. Uma viagem ao campo que me leva a uma viagem dentro de mim, e quem sabe, talvez para bem longe daqui?!
  O campo é assim…


Maria Inês Correia Porto Neves de Carvalho, nº22, 10ºLH

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Novissimo livro de Fernando Évora


Recentemente publicado, vai ser apresentado na Biblioteca Pública de Évora no dia 7 de Dezembro, com a colaboração da Biblioteca da Escola Secundária Severim de Faria, o livro de Fernando Évora:
No País das Porcas-Saras

Da sinopse retemos, para que os leitores continuem:

Uma velha quase analfabeta que rima as palavras em quadras e décimas; uma menina que desperta os apetites sexuais de um tio; uma mulher com medo do escuro; um homem que faz malabarismos com um palito na boca; um galinheiro, um poço, um sobreiro, uma caixinha de cartão. Personagens inesquecíveis e cenários decrépitos de uma história que tem lugar no Portugal do século XXI, num interior esquecido.

Fernando Évora faz parte da prata da casa, pois foi aqui professor há alguns anos.

Cantiga do Mar

Há muitos anos, os alunos de Português estudavam poesia trovadoresca; agora já não . Apenas os alunos de Literatura o fazem. Sem juízos de valor. 
Esta cantiga (poema) seria uma possibilidade de cantiga de amigo, mais concretamente uma marinha... marinha, pelos motivos óbvios. (sensual, não?)



 
Cantiga do Mar (Marinha)

Ai meu amigo                                                                    
Que chegaste do ferido,                                      
Acá neste mar                                                                   
Nos vamos aconchegar!   
                                  
Mas que águas revoltadas
De repente nos são tocadas,
 Acá neste mar
Nos vamos mergulhar!

Ai meu amado                                                                   
Que chegaste do fossado,                                              
Acá neste mar                                                                   
Nos vamos abraçar!           

Mas que águas mexidas
De repente nos são sentidas,                                         
Acá neste mar
Nos vamos mergulhar!

Que chegaste do ferido,                                      
Juntamo-nos nesta praia de Vigo                                  
Acá neste mar                                                                   
Nos vamos enamorar!                   
           
Nosso amor
Será dor,      
Acá neste mar
Nos vamos leixar!

Que chegaste do fossado,                                              
Juntamo-nos neste lugar areado                                   
Acá neste mar                                                                   
Nos vamos acarinhar!       

Nossa paixão
Será aflição,                        
Acá neste mar
Nos vamos afogar!

Mas que águas revoltadas
De repente nos são tocadas,                                                                 
Acá neste mar,                                                                  
Nos vamos mergulhar!      


Joana Cidades  10º LH nº 17

                                   Literatura Portuguesa
 

Sonho no desconhecido



Há alguns dias, encontrei a forma mais económica de realizar a minha viagem de sonho, porque apesar da crise financeira, ainda não entrei em crise de imaginação.
Substituindo longas viagens de carro ou de avião, deitei-me na cama muito confortável, e dei por mim num lugar que nunca visitara. É certo que nos sonhos tudo é melhor que na realidade. Era mais ou menos assim, já que, às vezes, os sonhos nos pregam partidas e esquecemos pormenores.
Era um campo verde, com aromas florais diversos: camomila, malmequer, rosa… E o Sol brilhava muito, aquecendo quem tivesse frio. Lá perto, havia um riacho, onde a água era cristalina e se viam peixes coloridos. Podia correr livremente pelo caminho de pedra branca. Foi o que fiz. Parei numa aldeia, onde tudo era calmo. Não vi ninguém, a não ser um rapazito de dez anos:
- Onde está toda a gente? – Perguntei-lhe.
Ele apontou para uma porta. Entrei. Vi uma grande luz branca. Ouvi uma voz grave.
-Joana, levanta-te! Já são sete e meia da manhã!
Era o meu pai. Acabou o sonho.
Hei-de lá voltar para saber o que havia atrás da porta…
Joana Cidades
10º LH nº 17
2010/2011

Prémio Camões 2023

Professor Universitário, ensaísta e tradutor,  João Barrento   é o vencedor da 35.ª edição do Prémio Camões, pelo conjunto da obra. De aco...