quarta-feira, 18 de março de 2009

A cidade que me habita

A CIDADE QUE ME HABITA

A cidade que me habita

Não é a que tu conheces

Nasceu da geometria dos dedos

E do cruzamento dos olhares

Arde constantemente

Como ferida tatuada no meu corpo

É feita de muralhas e pedras soltas

Unidas pela argamassa dos dias

Renasce no voo dos pássaros

Que desenham o céu

Ignora a superstição

Dos rituais quotidianos

A cidade que me habita

Quebrou o rosto contra o tempo

E ainda não cicatrizou do passado.

C.M.Gil

Março 2009

Sem comentários:

Prémio Camões 2023

Professor Universitário, ensaísta e tradutor,  João Barrento   é o vencedor da 35.ª edição do Prémio Camões, pelo conjunto da obra. De aco...