A CIDADE QUE ME HABITA
A cidade que me habita
Não é a que tu conheces
Nasceu da geometria dos dedos
E do cruzamento dos olhares
Arde constantemente
Como ferida tatuada no meu corpo
É feita de muralhas e pedras soltas
Unidas pela argamassa dos dias
Renasce no voo dos pássaros
Que desenham o céu
Ignora a superstição
Dos rituais quotidianos
A cidade que me habita
Quebrou o rosto contra o tempo
E ainda não cicatrizou do passado.
C.M.Gil
Março 2009
Sem comentários:
Enviar um comentário