terça-feira, 2 de novembro de 2010

A infância, idade de ouro do ser humano.


               
Intitula-se a infância de “idade de ouro”. Título que, na minha opinião, é digno; tendo em conta o que vem posteriormente, o continuar da estrada.
                Estamos rodeados de um mundo fantástico onde apenas nos é apresentada cor – tons vivos, texturas suaves, sons melodiosos; metaforicamente.
                É a infância a altura das despreocupações e da diversão quase constante. Ainda corre em mim a adrenalina distante de um “jogo do esconder”…o receio brincalhão de ser descoberta, a sensação de triunfo ao chegar ao ponto de partida, ilesa! sem ter sido vista.
                Deliciosos eram os momentos em que não questionada com o propósito de perceber, mas sim com o objectivo simples de obter uma resposta, e assim sentir-me mais sábia. Deleitáveis eram os momentos em que um choro não me entristecida por mais de dez minutos. O não compreender proporciona uma ingenuidade extremamente agradável. Quem não entende não sofre, e muito menos sofre por não entender – não há sequer a consciência do não entendimento.
                A infância é um período repleto de paz e descontracção imensa. Não há espaço para sentimentos de séria repulsa. Seria maravilhoso que em adultos a única inquietação que nos corroesse fosse o desejo de obter um mero chupa-chupa exposto na vitrina.
                Já dizia Agustina Bessa-Luís: “A infância viva a realidade da única forma honesta, que é tomando-a como uma fantasia”. 


Maria Bilro 12º LH1

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