segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sonho no desconhecido



Há alguns dias, encontrei a forma mais económica de realizar a minha viagem de sonho, porque apesar da crise financeira, ainda não entrei em crise de imaginação.
Substituindo longas viagens de carro ou de avião, deitei-me na cama muito confortável, e dei por mim num lugar que nunca visitara. É certo que nos sonhos tudo é melhor que na realidade. Era mais ou menos assim, já que, às vezes, os sonhos nos pregam partidas e esquecemos pormenores.
Era um campo verde, com aromas florais diversos: camomila, malmequer, rosa… E o Sol brilhava muito, aquecendo quem tivesse frio. Lá perto, havia um riacho, onde a água era cristalina e se viam peixes coloridos. Podia correr livremente pelo caminho de pedra branca. Foi o que fiz. Parei numa aldeia, onde tudo era calmo. Não vi ninguém, a não ser um rapazito de dez anos:
- Onde está toda a gente? – Perguntei-lhe.
Ele apontou para uma porta. Entrei. Vi uma grande luz branca. Ouvi uma voz grave.
-Joana, levanta-te! Já são sete e meia da manhã!
Era o meu pai. Acabou o sonho.
Hei-de lá voltar para saber o que havia atrás da porta…
Joana Cidades
10º LH nº 17
2010/2011

Sem comentários:

Prémio Camões 2023

Professor Universitário, ensaísta e tradutor,  João Barrento   é o vencedor da 35.ª edição do Prémio Camões, pelo conjunto da obra. De aco...