"Tal como os nomes indicam, a de Amor reflecte a paixão de homem por uma mulher que, para sua infelicidade, não é ou não pode ser correspondido; a de Escárnio satiriza um grupo de pessoas (neste caso, aquelas que nos aborrecem, a nós alunos, com "estuda que é para teu bem" e coisas do género) mas não indica nomes particulares e utiliza expressões dissimuladas e indirectas para a crítica."
Cantiga de Amor
Porque me dás coita
Se vós sois vida p’ra mim?
Meu cor sofre tanto
Meu cor sofre assim…
P’ra mim vós sois vida
P’ra mim vós sois morte
Mais ainda estou sozinho
Não encontro minha sorte…
Não vedes que sois única
Entre tanta mulher igual?
Sois linda, sois fremosa
Dotada de muito val…
Estou aqui nestes tempos sós,
Espero por si,
Espero por nós…
Cantiga de Maldizer
Se vós estivésseis
A trabalhar tanto como eu,
De mim já não maldiríeis,
Santo Deus!
Se vós soubésseis o que é estudar
Textos, História e afins seus,
De mim já não mal diríeis,
Santo deus!
Se vós compreendêsseis
Todos os esforços meus,
De mim á não maldiríeis,
Santo Deus!
Se vós realmente quisésseis
Os melhores futuros meus,
De mim já não maldiríeis,
Santo Deus!
Joana Cidades
10º LH nº 17
Literatura Portuguesa
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