ou se se já estás em Humanidades e não sabes quais as opções indicadas para ti,
deixamos-te aqui alguns testemunhos de colegas que optaram pela disciplina de Literatura Portuguesa:
Inicialmente, aquando da minha inscrição na disciplina
de Literatura Portuguesa, eu não fazia a mínima ideia do que me esperava …
Despertou-me interesse e curiosidade por ser uma disciplina nova, e especialmente
o facto de me permitir ler livros sempre que quisesse e trabalhar sobre eles
foi “a cereja no topo do bolo”.
Na verdade, vim a testemunhar que não funcionava bem
assim. Permitia-me ler os livros que eu quisesse, verdade, mas tinha também
livros obrigatórios, que, a bem da verdade, nem sempre foram os mais
cativantes.
No primeiro ano do biénio, deleitei-me com a
disciplina. Era a minha praia, definitivamente. Pude pôr em prática o meu gosto
pela escrita… pude usufruir do meu grande carinho pelas palavras. As matérias
interessavam-me, aliciavam-me. Era tudo uma descoberta.
E depois veio o portfólio. E as dores de cabeça. Nunca
antes tinha tido em mãos um projeto daquele género. Tinha de eleger três livros
de prosa, um de poesia e um de teatro, e sobre eles desenvolver um trabalho
criativo, cheio de textos, pesquisas e curiosidades literárias a propósito.
Apesar das dificuldades que se me anteviam, abracei o
desafio. Revelou-se bastante compensador! E tenho de admitir, foi um trabalho
bastante gratificante de realizar. Não sei se consigo explicar bem porquê… Talvez
porque no fundo, além da melhoria que operou em mim enquanto aprendiz da
escrita, além do enriquecimento geral e inequívoco, foi algo que me deu um enorme
prazer e que me despertou os sentidos. Apesar de ser um afazer obrigatório, na
sua essência tinha um carácter quase lúdico, pelo menos para mim, que já há
muito tinha como hobbie ler e ler e
ler…
Agora, neste último ano, a minha opinião manteve-se… Foi
no entanto, um ano mais preocupante e rigoroso, pois terminá-lo-emos com um
exame, o que aumenta exponencialmente o grau de responsabilidades tornando-o,
do meu ponto de vista menos apelativo e mais agridoce! De resto vislumbro o
futuro assim mesmo: um pouquinho doce…. Um pouquinho amargo! Quem sabe?
Para os futuros alunos de Literatura Portuguesa:
- Tenham a certeza de que é mesmo o que querem, porque
há que ter gosto nos que estamos a fazer. E, além disso, sendo uma disciplina
de opção, não há nada pior do que nos apercebermos que fizemos a escolha
errada;
- Se tiverem como professora, a Dra. Ana Paula,
tenho-vos a dizer que têm o trabalhinho praticamente todo orientado! Não leiam
isto a pensar “Oh! Esta está a dar graxa…”, não, nada disso. Literatura foi uma
disciplina que despertou em mim interesse, curiosidade, carinho, mas também me
provocou dores de cabeça, frustrações e stress.
Não é fácil, mas ter um(a) bom professor(a), competente e que saiba não só ensinar,
tirar dúvidas, mas essencialmente que saiba cativar, motivar e provocar em nós
vontade de saber…mais… faz sem dúvida a diferença e ajuda bastante!
- O derradeiro
conselho: NUNCA, MAS NUNCA DEIXEM O PORTFÓLIO PARA FAZER NA TARDE LIVRE
ANTERIOR À ENTREGA! NUNCA! Confiem em mim!
Inês Catrapona
11º LH
Chegado o fim do ano e o fim
do meu percurso em Literatura Portuguesa, sinto-me à vontade para escrever um
texto do balanço deste biénio.
Confesso que ao início não
era nada do que eu esperava e que tive algumas dúvidas sobre a minha
permanência ou não, nesta disciplina.
Mesmo tentada a deixá-la para
trás e a desistir deste desafio, decidi permanecer e dar-lhe uma oportunidade.
Com o passar das aulas, fui
tomando gosto, apesar do famoso portfólio me assombrar, muitas e muitas vezes.
Mas, com o tempo apercebi-me
que tinha feito a escolha certa.
As aulas eram boas, as matérias
apesar de nem todos os autores terem sido meu agrado, eram fáceis de estudar e
de lidarmos com elas.
Quanto á professora, bem,
apesar de dizer que tivemos “azar” na escolha da professora, é mentira! Graças
a ela, agora estamos atafulhados de fichas e de
documentação que nos vai dar muito jeitinho para o exame.
Valeu a pena ter arriscado
ficar e acho mesmo que foi uma oportunidade bem dada, a esta grande disciplina,
Literatura Portuguesa.
Quanto a futuros aventureiros
literários, fica já aqui o alerta que não é fácil, que exige muito trabalho,
tanto a nível do portfólio com dos fóruns de leitura, mas que no fim, vão
perceber que há esforços que valem a pena, e a única que vão sentir, é orgulho
de vocês próprios.
Catarina
Varela
11º LH
Passaram
dois anos letivos, e desde o início do P.I.L no primeiro período do 10º ano até
este terceiro do 11º, o crescimento de todos os que continuaram no nosso grupo
de Literatura Portuguesa foi bastante claro. Foi um projeto longo e apesar de
ter dado bastante trabalho é algo de que me sinto orgulhoso de ter realizado, e
quase que posso dizer “missão cumprida”. Percebi que é um projeto bastante mais
difícil do que aparenta ser, mas penso que para quem gosta de ler e escrever é
a disciplina ideal, apesar de a minha escrita nunca ter sido dos meus pontos
fortes.
Os
conselhos que dou a todos os futuros alunos de Literatura Portuguesa é que
saibam que é uma disciplina que dá trabalho, mas que esse trabalho compensa e
nos ajuda a crescer; que saibam gerir bem as suas atividades do P.I.L pois um
atraso pode custar o trabalho de um período; e que principalmente tenham
vontade de vir para a disciplina, porque se a tiverem realizar os trabalhos
será bastante mais fácil.
É o
final do ano letivo, final da disciplina
de Literatura Portuguesa e, claro, entrega do Portefólio.
A
minha opinião sobre o projecto individual de leitura foi-se modificando ao
longo do tempo. Comecei por pensar que era uma perda de tempo (roubava-me tempo
de leitura e de estudo). Hoje, analisando melhor a situação, percebo a sua
importância para a disciplina de Literatura Portuguesa, de que tanto gosto.
Acabei
por crescer, (em termos de leitura e de escrita) graças à disciplina de Literatura
Portuguesa e, inevitavelmente, também
devido ao PIL. Para além de gostar de pesquisar sobre as obras, os escritores,
a época em que viveram, gostei de acrescentar as minhas histórias à história do
livro.
Escrever
as histórias que imaginava, não foi, de todo,
uma tarefa fácil. Fui ganhando experiência, ao longo do ano, e, o facto de escrever melhor, refletiu-se em todas as outras disciplinas.
Neste momento, primeiro faço um esquema com tudo o que penso escrever, e só
depois é que passo à aventura. Ainda continuo insegura, mas... já só chateio a
minha mãe para que me corrija os erros e a pontuação (o que já é bastante!).
Os
meus colegas de literatura também me ajudaram,
sem se aperceberem. Eu lia os textos dos meus colegas e sentia um pouco
inveja deles. Como é que eles eram capazes de escrever tão bem? Como é que eu
demorava quase um dia para escrever um texto e
eles o escreviam em dez minutos?
Como é que eles tinham um vocabulário mais rico do que o meu? A única nota positiva era a minha imaginação.
O meu problema era pôr as ideias no papel. Construir frases é difícil, não dar
erros ortográficos, ainda mais.
Posso
dizer que se cresci como escritora e, sobretudo como leitora, foi graças aos meus colegas e, à minha professora Ana Paula Ferrão. Foram eles que fizeram com que o meu PIL
fosse, cada vez mais, um trabalho independente e que, entre folhas,
estivesse um pouco de mim. Um obrigada muito especial à professora e aos
colegas!
Conselhos aos alunos
de décimo ano? Leiam as obras
nas férias de Verão. O ano passado, tinha planeado ler todas as obras para o
PIL, mas... Era Verão, e, quem é que
quer trabalhar no Verão? Pois olhem, eu não! A única coisa que fiz foi ler um livro, o Maçon de Viena, que se
arrastou pelas férias todas. Arrependi-me, mil vezes da minha preguiça.
Portei-me como a cigarra da fábula da “Cigarra e da Formiga”, cantei todo o
Verão e, não me preocupei com o Inverno.
É claro que o meu Inverno, (tempo de
aulas) foi muito mais trabalhoso do que eu tinha imaginado.
“Não deixes para
amanhã o que podes fazer hoje”,
é um velho ditado, a aplicar em relação ao PIL.
Rita Palhavã
11º LH
Acredito que muitos não se
tenham dado conta, que a maioria de nós ainda não tenha pensado nisto, até
mesmo porque eu próprio apenas agora me estou realmente a aperceber, estimados
colegas, o nosso percurso na Disciplina de Literatura portuguesa está a chegar
ao final… Chegando a este crucial momento, apenas me resta tecer um pequeno
resumo do meu percurso, assim como a apresentação de uma série de situações
curiosas, e claro, os sempre importantes agradecimentos para quem os merece.
Anteriormente, como
poderão verificar no separador textos de reflexão, já redigi um texto com uma
pequena reflexão sobre o meu percurso nesta disciplina, como tal, não me alongarei
tanto neste ponto. Aliás, tudo se pode resumir em algumas palavras, digamos que
entrei com o pé direito, “sentindo-me como um peixe na água”, como a professora
tantas vezes me relembra, e agora prestativo sair não igualmente satisfeito,
mas bem mais radiante. Pelo menos uma certeza terei, a de que verei a
Literatura, ou melhor, já a vejo, com olhos totalmente diferentes, ainda que
algo possam achar algo hiperbolizado, com olhos de quem sabe!
No que toca a situações
curiosas, meus amigos, temos muitas nesta disciplina, desde aquelas que
partilhamos com toda a turma e professora, passando por aquelas mantidas em
segredo no seio da classe, até às que apenas um restrito grupo conhece. Vejamos
por exemplo as aulas dedicadas ao P.I.L (projeto individual de leitura), este
ponto será alvo de uma sinceridade absoluta. Muitos de nós, antes de indicarmos
qualquer atividade nestes mesmos dias, diga-mos que precisamos de uma
preparação psicológica relativamente demorada, Uns mais que outros, conforme os
dias é verdade, mas acaba por vezes por acontecer. Tomemos assim atenção a um
ponto crucial, eu próprio por vezes me convenço disto mesmo, a professora não
tem a mínima noção dessa situação que se verifica por vezes. Errado, óbvio que
sim, é claro, contudo, a nossa turma não é nenhuma exceção, penso que será
normal esse género de situações se verificarem por vezes, e é por isso que há
casos em que a professora optará por não nos chamar à atenção. Confesso sim,
que algumas vezes, eu mesmo fui alvo dessa necessidade de preparação
psicológica para o início do trabalho, contudo, também devo dizer em minha
defesa que foi apenas nestes últimos redutos do ano letivo, devido ao cansaço.
Caros colegas, perdoem a minha sinceridade, realço assim que não falo por
todos, apenas transmito uma ideia, baseando-me sim maioritariamente em algo que
verifiquei comigo mesmo.
Falando agora ao nível da
nossa notável professora, Ana Paula, antes de mais devo dizer que acima de tudo
se deve orgulhar de ter criado um grupo, que não sendo homogéneo, nutre agora
gosto pela literatura, uma latente necessidade de ler, e sei agora que não falo
apenas por mim, mas por todos. Agora terei que falar a título único e
exclusivamente pessoal, pois trata-se da interpretação de cada um de nós. Na
minha opinião, enquanto aluno, no âmbito da transmissão do amor pela
Literatura, eu não terei sido dos maiores desafios da professora,
essencialmente porque já tinha algumas bases, e esse mesmo amor já lá estava,
apenas cresceu e amadureceu bastante. Não pretendo assim tirar qualquer mérito
ao trabalho da professora comigo, não só enquanto aluno também, mas disso
falaremos mais tarde. É inquestionável o meu gradual desenvolvimento, não só a
nível da apreciação Literária, mas também a nível teórico, conteúdos,
compreensão, entre muitos outros, e isso sim foi um trabalho em conjunto, meu e
da professora. Para corroborar tudo isto que tenho dito, basta-nos juntar todos
os materiais disponibilizados ao longo do ano, é bem mais que um segundo
manual!
Até agora referi a relação
professora aluno, unicamente a nível digamos profissional, falta referir a relação
pós aula se assim o podemos chamar. Um ponto que julgo fulcral, e que apenas
agora me dou conta, é que a Professora Paula será sem dúvida, de todas as
professoras que já tivemos no nosso ensino secundário, a professora que melhor
nos conhece, um por um. É verdade, a disciplina também se presta a tal,
contudo, ouve um “esforço” de ambas as partes para atingir esse fim. Foi à
professora que muitas vezes transmitimos os nossos mais bem guardados segredos,
foi também a ela que confiamos as nossas histórias mais pessoais, que nem mesmo
à turma por vezes quisemos revelar. Já se terão perguntado o porquê de
inconscientemente termos sentido esse à vontade? Pois bem, aqui está, o tal
trabalho de ambas as partes que referi anteriormente, deu nisto.
Assim sendo, professora,
resta-me agradecer pelo trabalho que fez comigo ao longo do ano, e digo comigo
pois não posso falar pelo resto da turma, que decerto diria o mesmo. Sei o que diria neste momento, que o nosso
percurso nesta disciplina ainda não terminou, apesar de estar a falar como tal.
Bem sei disso, contudo esta é a última oportunidade que tenho de fazer um texto
para o efeito, daí que fale assim.
Estarei então pelo título a
por um término à Literatura? Claro que não caros colegas, essa nunca mais nos
largará, ou pelo menos assim espero, limito-me a despedir da minha estimada
disciplina escolar.
Francisco Pimenta
11º LH
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